Édouard Manet - 1868
Título: A Execução do Imperador Maximiliano
Data: 1868
Dimensão: 252 x 305 cm
A pintura representa a execução de Maximiliano I do México por um pelotão de fuzilamento da República Mexicana, por ocasião do fim da invasão francesa àquele país. Maximiliano foi formalmente imperador do México durante três anos, de 1864 a 1867, sob a protecção das tropas de Napoleão III, imperador da França.
Ao fim de três anos, Napoleão III ordenou a retirada das suas tropas e aconselhou Maximiliano a abdicar e a embarcar para a Europa. Essa posição foi justificada devido à resistência mexicana em expulsar as forças invasoras e fez parte de um esforço de Napoleão III em não piorar a relação entre o Segundo Império e os seus adversários republicanos na França.
Julgando que a situação era ainda sustentável, Maximiliano vai tentar até ao fim manter o seu império. Mas cai nas mãos dos adversários republicanos e é condenado à morte (num teatro convertido em Tribunal de Justiça) e executado.
A notícia chegou a Manet durante a Expo do mesmo ano. O pintor, desde sempre devoto republicano, ficou indignado com o modo como foi morto este jovem príncipe.
Manet trabalhou mais de um ano num pequeno estudo a óleo, numa litografia (proibida pela censura) e em três grandes quadros. Durante a sua vida, Manet não pôde expor ou vender qualquer um desses trabalhos em França, mesmo depois da queda do Segundo Império. A obra é mostrada num pavilhão pessoal perto da Ponte de Alma em Paris.
Após a morte do artista, em 1883, a tela maior é cortada e os seus fragmentos estão actualmente em Londres, o estudo a óleo é enviado para Copenhaga e a primeira versão do quadro para Boston.
Esta obra é uma pintura a óleo sobre tela, sendo a sua terceira versão do tema e encontrando-se no presente na Galeria Municipal de Arte em Mannheim, Alemanha.